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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Paramentos Litúrgicos - O pluvial

Fonte: Blog Arquidiocesano dos Servidores do Altar


Introdução
Dando continuidade a nossa série de matérias, vamos falar hoje um pouco sobre o pluvial, que é um manto amplo, aberto na frente que os clérigos usam em algumas circunstâncias. Seu uso é muito antigo, estando presente em varias representações da liturgia . Atualmente, preserva ainda um apêndice, fruto de um antigo capuz que tais capas possuíam.

Pluvial

Detalhe do apêndice que restara dos antigos capuzes.

O pluvial possui, à frente, um objeto, geralmente metálico, chamado alamar. Este funciona como um broche, unindo as duas partes do manto. O alamar pode ser fixo no pluvial ou removível.




Seu uso apesar de pequenas modificações e simplificações mantém-se semelhante ao longo dos séculos. Justamente em função de seu uso vem recebendo diferentes nomes através do tempo. Um nome muito conhecido é "capa de asperges" recebe esse nome em função de o celebrante usar-se dela durante o rito de asperges ao início da missa no rito extraordinário, entretanto, no rito ordinário, o celebrante não usa mais o pluvial, e sim asperge o fiel revestido da casula.

Asperges na forma ordinária do rito romano.

Asperges na forma extraordinário do rito romano.

Um nome pouco conhecido, mas que já fora outrora usado para designá-lo é "casula processionária", isto se dá pelo fato de ser usada em várias procissões. Recebeu ainda o nome, isto mais atualmente, de "capa de bênção" por ser usada na bênção com o Santíssimo Sacramento. A grosso modo, podemos dizer que os sacerdotes usam o pluvial em celebrações fora da missa e em procissões extraordinárias.



Como podemos observar, o pluvial é um paramento de grande tradição no rito romano. Seu não uso provoca uma perda às celebrações litúrgicas não apenas no que tange a tradição, mas também na beleza dos ritos. Adiante, listamos suas formas de utilização e as ocasiões em que ocorre. Lembremo-nos que o pluvial, como quaisquer outros paramentos, na falta de determinada cor litúrgica, pode-se usar este paramento na cor branca em substituição. 

Quem usa e como usa?
Na forma ordinária do rito romano usam pluvial apenas padres e bispos e, em restritas circunstâncias, diáconos. Na forma ordinária, os sacerdotes usam em todos os casos descritos abaixo, os diáconos apenas quando presidem a bênção solene com o Santíssimo Sacramento. O pluvial pode ser usado sobre alva, sobre sobrepeliz ou roquete, ou ainda sobre as vestes corais; sempre com estola. Obviamente, quando usado em alguma procissão que faça parte de uma missa, usa-se com alva uma vez que ao retirar o pluvial, o sacerdote imediatamente veste a casula (que não pode ser usada sobre sobrepeliz, roquete ou vestes corais). As rubricas especificam a utilização em cada rito. Quando o sacerdote caminha, os diáconos levantam as pontas do pluvial.

O Padre Wiremberg incensando a imagem de São Tarcisio, notem o uso do habito talar com a sobrepeliz por baixo do pluvial vermelho 

O Papa Bento XVI, com pluvial sobre vestes corais, nota-se claramente a murça vermelha.

O papa Bento XVI, com pluvial branca sobre a alva, cíngulo e estola; observa-se ainda as pontas do pluvial sendo seguradas pelos diáconos-assistentes.

O Papa com pluvial roxo sobre a alva, cíngulo e estola, sendo as pontas deste seguradas pelos cardeais-diáconos.

O Papa com pluvial verde sobre a alva, cíngulo e estola, sendo as pontas deste seguradas pelos diáconos.

Uso em procissões dentro da missa 
Um dos usos do pluvial mais conhecidos é durante a celebração da missa em certas circunstâncias:

· Procissão de domingo de Ramos; 
· Início da Celebração da Vigília Pascal; 
· Procissão de Corpus Christi; 
· Procissão na festa da Apresentação do Senhor; 
· Entre outros. 

Nestas circunstâncias, o sacerdote inicia a celebração fora da igreja onde se celebra, com pluvial, este é usado durante toda a procissão, para a incensação do altar no momento que chega. Só então o sacerdote, retirando o pluvial reveste-se com a casula. Ou, no caso de Corpus Christi, celebra a missa toda usando casula, a depõe e reveste-se com o pluvial para a procissão. Nestas circunstâncias, o pluvial é da cor da missa que se celebra. Na falta do pluvial, o padre usa casula em seu lugar.

Procissão com pluvial vermelho por ocasião do domingo de ramos

Festa da Apresentação do Senhor 2001 

Procissão por ocasião do Jubileu diocesano, observe o uso do pluvial sobre a batina filetada.

Presidir a missa sem celebrá-la
Quando o bispo encontra-se impossibilitado de celebrar a missa, ou ainda quando a utilidade pastoral aconselha que um padre ou outro bispo a celebre por alguma causa especial (falecimento de um familiar do padre, aniversário de ordenação etc) o bispo preside a celebração da missa, mas não oferece o Santo Sacrifício. Neste caso ele usa pluvial da cor da missa que se celebra e o sacerdote que celebra usa casula.

Papa João Paulo II, presidindo a missa que está sendo celebrada por outro sacerdote. mais importantes, Laudes e Vésperas, o sacerdote usa pluvial. O pluvial segue a cor do tempo ou da festa que se celebra.

Papa celebrado as vésperas com pluvial vermelha.

Dom Alberto celebrando as vésperas na Catedral de Belém com pluvial Dourada .

Com o Santíssimo Sacramento
Um dos usos mais comuns é para bênçãos e procissões com o Santíssimo Sacramento. Nestas ocasiões o sacerdote usa pluvial durante a celebração e, para a bênção, usa ainda o véu-umeral sobre este. Quando a celebração envolve somente a bênção e algum rito de adoração a cor do pluvial é branca, quando é feita a celebração de alguma Hora Canônica com exposição do Santíssimo, usa-se paramentos da cor da liturgia das horas.

Papa Bento XVI portando o ostensório com a hóstia consagrada

Bênção com o Santíssimo Sacramento

Sacramentos e Sacramentais fora da missa
O pluvial pode ser usado ainda em todos os sacramentos e sacramentais celebrados fora da missa, em alguns casos é obrigatório (segundo as rubricas de cada celebração). Para cada celebração uma cor específica, algumas da cor do tempo outras da cor referente ao sacramento/sacramental, a seguir destacamos alguns:

· Instituição de Acólitos e Leitores fora da missa; 
· Colocação da pedra fundamental na construção de Igrejas; 
· Batismo, Crisma, Casamentos e Unção dos Enfermos fora da missa; 
· Assembléias quaresmais; 
· Celebração comunitária de penitência, com ou sem sacramento da confissão; 
· Funerais; 
· Para bênçãos (de pia batismal, de nova cruz de cemitério); 
· Celebração da Palavra.

O ainda Bispo Burke (hoje purpurado) ministrando o Sacramento do Batismo

Funerais
O Cerimonial dos Bispos e demais livros litúrgicos, prescrevem que nas celebrações exéquias feitas fora da missa ou em procissões entre a casa do falecido e a igreja e da igreja ao cemitério/cripta, usa-se pluvial de cor fúnebre. Tal cor é tradicionalmente negra, podendo ser substituída pela roxa.

O então Cardeal Ratzinger, com pluvial preta.

Cerimônia exequial na forma extraordinária do rito romano

Uso por diáconos
Todos os casos acima mencionados referem-se apenas ao uso do pluvial pelos celebrantes, ou seja, os casos resumem-se ao uso do pluvial por presbíteros e bispos. O uso do pluvial por diáconos resume-se um caso, bênção com o santíssimo sacramento, quando o diácono abençoa com o Santíssimo na âmbula ou no ostensório

FONTE: BLOG ARQUIDIOCESANO DOS SERVIDORES DO ALTAR - http://servaltar-belem.blogspot.com/

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